domingo, 20 de fevereiro de 2011

Arte de colecionar e contar a história

Clube de Filatelia de Londrina retoma atividades para reunir os amantes da coleção de selos, cédulas e moedas



Em plena era da internet, encontrar pessoas que ainda enviem cartas aos familiares e amigos é tarefa difícil. Mas se mandar correspondências tornou-se cada vez mais raro, colecionadores de selo continuam firmes na arte de guardar a história. Tanto que o Clube de Filatelia de Londrina acaba de reativar suas atividades e passa a se reunir todos os primeiros sábados do mês, na agência central dos Correios, das 9 às 12 horas.

Fundado no final da década de 70, o grupo iniciou as atividades apenas com colecionadores de selo, mas foi agregando outros segmentos ao longo do tempo. ''Começaram a aparecer colecionadores de cédulas e moedas, canetas, relógios e, posteriormente, cartões telefônicos. Assim, todas essas categorias foram introduzidas no Clube'', conta Dionísio Borsato, que participa do grupo desde a primeira reunião.

Mais do que um hobby, segundo Borsato, a arte de colecionar ''esconde'' muitas informações e traz conhecimento. ''Cada ano são lançados de 20 a 30 selos diferentes no Brasil. Geralmente são homenagens a períodos ou personalidades importantes da história. O prazer não está só em colecionar, mas em saber o que aquele selo representa, tornando tudo ainda mais apaixonante'', diz ele, que também coleciona moedas, cédulas e figurinhas. ''Tenho o álbum da Copa de 62 completo'', orgulha-se.

Ao conversar com os participantes, grande parte tem em comum o fato de ter iniciado o hobby ainda na infância. E como não poderia deixar de ser, o adolescente Leonardo Maximiano Leme, de 12 anos, perpetua esse comportamento. Colecionador há apenas dois anos, já acumula mais de 700 selos e 200 cédulas. ''Tento reunir uma nota de cada país. No caso dos selos, separo por temas, como a fauna e flora. Cada objeto me ensina algo diferente. Se não sei de quem se trata, procuro na internet. É uma história que não se aprende na escola.''

E se continuar assim, Leonardo pode chegar ao patamar de Luiz Carlos Martins, que iniciou na arte dos selos aos 13 anos e hoje, aos 46, acumula uma coleção de nada menos que 200 mil cartões telefônicos. ''Colecionar não é como um álbum de figurinhas que acaba quando se consegue todas elas. A gente sempre acha um motivo para ir atrás de coisas diferentes, seja um tema novo ou detalhe'', explica ele, que recentemente deu início à coleção de cartões postais da cidade de Londrina.

Ainda há aqueles que extrapolam o hobby e viram referências na cidade, como Nelson Lindolfo Campos, que diz ter um verdadeiro museu em seu escritório. ''Tudo começou com os selos. Quando trabalhei em banco, me interessei pelas notas. Além de selos, cédulas e moedas, tenho relógios de pulso, de parede, pedras, enfim, uma série de objetos'', diz o aposentado, frisando que possui uma das maiores coleções de selo sobre as ocupações japonesas em outros países.

Serviço:

www.clufilon.blogspost.com
clufilon@gmail.com
Marian Trigueiros
Reportagem Local

Matéria que saiu na FOLHA DE LONDRINA   no dia 20 de Fevereiro de 2011.

3 comentários:

  1. Tenho 4 modas de U$1 de 1972, alguém sabe o valor? enviar resposta para msbcvianna@yahoo.com.br

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  2. onde vocês ficam ?
    tenho uma coleção de mais de 1 mil selos bem antigos a mais de 27 anos, como saibo o valor?

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  3. onde vocês ficam ?
    tenho uma coleção de mais de 1 mil selos bem antigos a mais de 27 anos, como saibo o valor?

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